Pavana, novo selo da Editora Alaúde, estreia com o livro As duas mortes de Osama bin Laden

Num misto de humor e aventura, A. C. Gilmore conta a história de um grupo de mercenários contratado para capturar a cabeça do Emir.

Em As duas mortes de Osama bin Laden, romance de estreia do selo editorial Pavana, o escritor Álvaro Cardoso Gomes, autor de mais de setenta livros, adota o pseudônimo de A. C. Gilmore para adentrar em um universo típico de thriller americano e conduzir o leitor por uma missão extremamente arriscada: a captura de Osama bin Laden.

Contratados por um milionário americano que partilha da teoria - segundo ele, nada conspiratória – de que Bin Laden seria um aliado do ex-presidente americano George W. Bush, um grupo de mercenários sai à captura da cabeça do Emir. Liderado por Mendes, um professor de história brasileiro que leciona nos Estados Unidos para alunos do 2º grau e é leitor assíduo de livros sobre as grandes guerras mundiais, o bando é composto por:

• Neidhart, um alemão educado sob a insígnia nazista que adere ao grupo de extrema esquerda Baader-meinhof em reação à monstruosidade do Terceiro Reich;
• DC, um ex-combatente americano da Guerra do Iraque dispensado do exército após ser ferido em uma emboscada– mas que garante que o pior horror que passou tem nome de mulher, furacão Katrina;
• Zauar Hasni, um paquistanês que, embora treinado para participar da jihad, começa a se incomodar com a intolerância às outras religiões– ele tinha amigos judeus e de outras nacionalidades que julgava pessoas melhores que alguns mulçumanos que conhecia;
• Chiang Li, filho de chineses nascido na Coreia do Norte que se muda para os Estados Unidos para fugir da falta de liberdade e da fome que assolava o país na transição revolucionária.

Autointitulados Blackhawks, em alusão à história em quadrinhos, os heróis vão receber uma verdadeira bolada caso apresentem o terrorista, vivo ou morto. Mas eis que as coisas não saem como o planejado e logo após o término da operação o presidente Barack Obama anuncia que, a seu comando, as forças armadas do país tinham assassinado Bin Laden. Mas então de quem era a cabeça que o bando levara para os Estados Unidos?

Marcada por digressões e conduzida com senso de humor, a narrativa não deixa a ação de lado por um só momento. Essa mistura bem-sucedida entre comédia e aventura, entre ficção e realidade, insere a obra de Gilmore na melhor tradição da literatura de entretenimento, prendendo a atenção do leitor da primeira à última palavra.