Em A Donzela e A Rainha – A História Secreta de Joana D´Arc, que chega às livrarias pela Editora Seoman, a historiadora Nancy Goldstone descreve a trajetória da heroína Joana D´Arc, famosa por sua participação decisiva na Guerra dos Cem Anos. Mas no livro de Goldstone há outra protagonista - Iolanda de Aragão, considerada uma das mulheres mais importantes e poderosas da Idade Média.
Escrita na forma de uma biografia comparada, a obra descreve as personagens que tiveram seus caminhos interligados primordialmente pela história militar da época. E para a autora, tal como a história nos mostra, sem Joana D’Arc, a França talvez não existisse como conhecemos hoje, e sem Iolanda de Aragão, Joana não teria existido.
Dividida em três partes, a obra dedica a primeira a descrever detalhadamente a vida de Iolanda de Aragão. Nascida em Barcelona, em 1381, Iolanda era neta de Pedro IV, um dos mais respeitados e temidos monarcas da época.
Quando adulta, casa-se com Luis II, com quem tem filhos, torna-se mãe adotiva de Carlos VII e assume o trono da Sicília. Em seu reinado, observa-se uma líder astuta, capaz de navegar com diplomacia e habilidade por complexas questões que envolviam política e sociedade.
A segunda parte do livro descreve a trajetória de Joana D´Arc que, ao contrário de Iolanda, era uma jovem camponesa e que ainda assim, foi capaz de liderar exércitos no século XV.
Histórico
Segundo a autora, sem Iolanda de Aragão não haveria Joana D´Arc porque a interferência de Iolanda, em momento crítico da Guerra dos Cem Anos, quando o rei da Inglaterra lançava o cerco a Orléans, foi definitiva para que Carlos VII, seu filho adotivo, recebesse a jovem Joana D´Arc, recém-chegada de Domrémy.
A heroína afirmava estar ali para conduzir seus exércitos à vitória. Convicto de seu discurso, o nobre, sempre inseguro e assombrado por derrotas anteriores, entrega-lhe a espada e o comando das tropas francesas. Com as tropas sob o comando de Joana D´Arc, Carlos VII recupera seu reino e continua soberano da França até falecer em 1461.
E em sua parte final, a obra mostra o processo pelo qual Joana D’Arc foi acusada de heresia por um tribunal da Igreja Católica em 1431 e condenada a morrer na fogueira, acusada de heresia em 1431. A autora nos traz também informações sobre como Joana D´Arc teve sua inocência reabilitada pela Igreja em 1456 e, em 1920, foi canonizada pelo papa Bento XV, numa biografia que relata os fatos históricos com sabor de ficção literária.
|